A dificuldade respiratória noturna (e diurna) é um problema que acomete boa parte das crianças. Em muitas delas esta dificuldade não é notada pelos pais, exceto quando, por qualquer motivo, o filho vai dormir na cama deles: aí é notada a respiração ruidosa, com roncos e até apnéias. As apnéias são as interrupções respiratórias, neste caso obstrutivas.
É muito importante que seja feito o diagnóstico e a conduta nestes casos de patologia respiratória obstrutiva do sono (PROS).
Para que uma criança tenha roncos e apnéia é necessário que exista, portanto, uma obstrução na via respiratória. Esta obstrução pode ser no nariz (septo, cornetos, pólipos), nas amidalas ou na adenóide (vulgo carne esponjosa). Na maioria das vezes o problema é "misto", com alergia associada à rinite, a amidalas e adenóide grandes.
Qual é o problema dos roncos e apnéias?
São dois problemas, para simplificar.
Um, para o presente: estas noites muito mal dormidas (a criança parece que dorme, mas não descansa) serão refletidas em dias de pouca produtividade, cansaço, sono, dispersão, mau humor, baixo rendimento escolar. E isso se arrasta por anos e anos, trazendo prejuízos em vários setores do aprendizado. As alterações craniofaciais se iniciam...
Outro, para o futuro: a respiração oral, portanto, traz inúmeras alterações a longo prazo na "ortopedia" craniofacial. O palato (céu-da-boca) vai ficando profundo, a arcada dentária não se desenvolve adequadamente, a fala pode ser prejudicada a médio prazo. O apinhamento dentário, por falta de espaço, pode ocorrer. Podem aparecer assimetrias faciais discretas, olheiras crônicas, mordida cruzada. O rosto de um adulto que sempre respirou pela boca pode ser reconhecido, devido a suas características adquiridas com o tempo: filtro nasal alongado, lábio superior curto e afilado, olheiras, boca entreaberta.
E, no futuro, corrigir o problema desta respiração obstruída pode ser muito difícil.
A avaliação deste problema todo deve ser feita pelo pediatra e pelo otorrinolaringogista. O otorrino vai, através do exame clínico, avaliar aonde está o problema. Através de exames de imagem pode dimensionar qual é a abordagem que deve ser tomada. O exame que demonstra definitivamente a qualidade do sono é a polissonografia. Nem sempre é necessária, e por mais que já humanizaram este exame, ele ainda é trabalhoso - pois monitora a noite toda de sono, no laboratório. É medida toda a atividade cerebral, as apnéias, os momentos de baixa oxigenação, etc.... A polissonografia não é nada invasiva, não pica e não dói, mas...
Das poucas vezes que pedi o exame, ele serviu para mostrar graficamente aos pais aquilo que já sabíamos - a necessidade de se tomar uma conduta o mais rápido possível na respiração obstruída dos seus filhos.
É muito importante que seja feito o diagnóstico e a conduta nestes casos de patologia respiratória obstrutiva do sono (PROS).
Para que uma criança tenha roncos e apnéia é necessário que exista, portanto, uma obstrução na via respiratória. Esta obstrução pode ser no nariz (septo, cornetos, pólipos), nas amidalas ou na adenóide (vulgo carne esponjosa). Na maioria das vezes o problema é "misto", com alergia associada à rinite, a amidalas e adenóide grandes.
Qual é o problema dos roncos e apnéias?
São dois problemas, para simplificar.
Um, para o presente: estas noites muito mal dormidas (a criança parece que dorme, mas não descansa) serão refletidas em dias de pouca produtividade, cansaço, sono, dispersão, mau humor, baixo rendimento escolar. E isso se arrasta por anos e anos, trazendo prejuízos em vários setores do aprendizado. As alterações craniofaciais se iniciam...
Outro, para o futuro: a respiração oral, portanto, traz inúmeras alterações a longo prazo na "ortopedia" craniofacial. O palato (céu-da-boca) vai ficando profundo, a arcada dentária não se desenvolve adequadamente, a fala pode ser prejudicada a médio prazo. O apinhamento dentário, por falta de espaço, pode ocorrer. Podem aparecer assimetrias faciais discretas, olheiras crônicas, mordida cruzada. O rosto de um adulto que sempre respirou pela boca pode ser reconhecido, devido a suas características adquiridas com o tempo: filtro nasal alongado, lábio superior curto e afilado, olheiras, boca entreaberta.
E, no futuro, corrigir o problema desta respiração obstruída pode ser muito difícil.
A avaliação deste problema todo deve ser feita pelo pediatra e pelo otorrinolaringogista. O otorrino vai, através do exame clínico, avaliar aonde está o problema. Através de exames de imagem pode dimensionar qual é a abordagem que deve ser tomada. O exame que demonstra definitivamente a qualidade do sono é a polissonografia. Nem sempre é necessária, e por mais que já humanizaram este exame, ele ainda é trabalhoso - pois monitora a noite toda de sono, no laboratório. É medida toda a atividade cerebral, as apnéias, os momentos de baixa oxigenação, etc.... A polissonografia não é nada invasiva, não pica e não dói, mas...
Das poucas vezes que pedi o exame, ele serviu para mostrar graficamente aos pais aquilo que já sabíamos - a necessidade de se tomar uma conduta o mais rápido possível na respiração obstruída dos seus filhos.
Nem sempre as noites garantem o descanso necessário... |
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Agradeço todos os comentários!
De acordo com normas do Conselho Federal de Medicina, determinadas orientações só podem ser feitas após consulta médica ou avaliação/seguimento - portanto não posso responder perguntas detalhadas e individualizadas neste canal.
Obrigado